sábado, 29 de março de 2008

Apenas 3º?

Apenas em 3º? É a questão que colocamos aos dirigentes da FIFA e a todos que estiveram envolvidos na classificação do melhor jogador de futebol profissional de todo o mundo na época 2006/2007, não propriamente desmentido que Kaka' mereça o 1º posto mas de que, sem dúvida alguma, Cristiano Ronaldo merece o 2º.
Muitas pessoas, a nível mundial (para quem pensa que são só os portugueses), pensam da mesma forma e não concordam de todo com o facto de Leo Messi ocupar a 2ª posição deste referido ranking. Claro que para formular afirmações destas, são necessárias obviamente razões que as justifiquem, e, para demonstrar que no jogoporjogo não queremos que fique nada por esclarecer vamos falar aqui dos acontecimentos a nível da Premier League deste Sábado, 29 de Março de 2008.
Uma abismal vitória do Manchester United sobre o Aston Villa por 4-0 deixou muitos fãs do clube e de Cristiano Ronaldo bastante felizes, e um tanto "boquiabertos", já que Ronaldo realizou uma grande exibição, assim como 90% da sua equipa, incluindo momentos de pura genialidade. Falo do primeiro golo, em que Ronaldo, de costas para o guarda-redes Scott Carson, dá um pequeno jeito de calcanhar na bola, passando esta pelo meio das pernas de um central do Aston Villa e deixando Carson estupefacto. No segundo tento, mais uma vez Ronaldo a tornar evidente a sua influência com um tenso, mas preciso cruzamento para Tévez, que no 2º poste e de cabeça, fuzila a baliza do Aston. Seguiu-se o bis de Rooney, provindo o primeiro dum cruzamento de Giggs, e com alguma ajuda do calcanhar de Ronaldo, isolando assim o perigoso avançado inglês, que frente-a-frente com Carson simulou um remate cruzado, mas apenas para fintar o "porteiro" e meter a bola facilmente com o seu pé esquerdo. Já o segundo, com Ronaldo a fazer a 3ª assistência nesta tarde, a partir de um passe com a parte de fora do pé direito e a isolar Rooney, que executou de imediato um remate muito preciso, sem qualquer hipótese para Carson. Há que deixar claro que o Aston não ficou parado a olhar e até produziu uma exibição decente, mas sem qualquer golo. Deixo aqui os golos para que possam ver por vocês mesmos.






Noutros desafios da tarde, o Bolton apanhou um terrível "balde de água fria" dos "gunners" de Arséne Wenger, depois de estar a vencer por 2-0, ao intervalo, graças a um bis de Taylor. O Arsenal esteve desde cedo reduzido a 10 jogadores com a expulsão de Diaby após uma entrada duríssima sobre Gretar, o que tornava a reviravolta uma simples miragem. Mas, com algum empenho, em especial do médio Flamini que sempre empurrou a equipa, o primeiro golo viria a surgir na sequência de um pontapé de canto batido por Robbie van Persie, em que a defesa do Bolton se esquece de Gallas que iria dar um simples toque à bola e fazer o 2-1. Uma clara penalidade de Cahill sobre Alexander Hleb, permitiu a van Persie fazer o 2-2. O jogo estava de novo em aberto, e, com apenas alguns minutos para jogar e já o Arsenal com o sempre útil Walcott em campo, o Bolton sentia cada vez mais peso em cima, até ao momento que Hleb cruza para a área e esse mesmo cruzamento sofre uns "desvios" acabando por entrar na baliza do Bolton, deixando muitos adeptos desta equipa esperançados, completamente de rastos...

Rumo à Champions

O Vitória de Guimarães voltou a dar provas de que não vai ceder na luta pelo acesso à Liga dos Campeões, vencendo o difícil Marítimo por 1-0, num complexo jogo no Estádio D.Afonso Henriques, em que o golo vimaranense apenas surgiu quase em cima do minuto 90, por Roberto. O Marítimo fica assim mais longe da Europa, e o Guimarães, ascende ao 2º lugar à condição (Benfica menos três pontos recebe amanhã o Paços de Ferreira), e deixa o Sporting a sete pontos (menos um jogo). A Champions ganha contornos cada vez mais reais. Na próxima jornada, os minhotos, vão a Paços de Ferreira, em mais uma prova de fogo, visto que os pacenses precisam desesperadamente de vencer e são perigosos a jogar na Mata Real. Contudo, são também esperados muitos adeptos do Vitória a apoiar a equipa nesse jogo.
Vamos ver...

quinta-feira, 27 de março de 2008

Lucho González - eleito Melhor Jogador do Campeonato Português (bwin Liga) pelos visitantes do jogoporjogo



O eleito pelos visitantes do blog jogoporjogo para melhor jogador do campeonato português é o El comandante...que é o que muitos chamam a Lucho González, o sub-capitão do FC Porto ( na época passada era o principal dada a ausência de Pedro Emanuel) que já provou a tudo e todos valer mais do que aquilo que o Porto pagou por ele, tanto por marcar golos fulcrais, maioritariamente na época passada, ou assistir uma carga deles, como tem feito na presente época. Proveniente do River Plate, conseguiu manter o nível de forma que tinha no seu velho clube a partir do momento em que chegou ao "dragão", e desde então que só tem vindo a melhorar todos os aspectos da sua performance.
Seja como for, Lucho além das suas capacidades de resolver encontros, seja por ele ou puxando pela equipa, é um jogador com algo mais do que está presente nas estatísticas. Lucho é um jogador extremamente sereno e calmo, possui uma postura em campo bastante correcta, como que se erguendo como "o comandante" lá do sítio. Quando é preciso correr, ele corre, quando é preciso parar, ele pára, sempre perspicaz no passe, seja curto, seja longo, de todas as maneiras possíveis e impossíveis, e mostrando sempre uma inteligência nata no seu sistema de futebol. A sua solidez geral prova que é por estas e por outras que Lucho Gonzaléz é um titularíssimo no meio-campo do FC Porto, e que é um jogador mais do que essencial para o sucesso dos "azuis e brancos".
Lucho já contou com bastantes chamadas à selecção Argentina onde muitas vezes provou estar ao nível dos seus companheiros de selecção, e não falo de jogadores comuns, mas de profissionais como Cambiasso ou Mascherano. Em suma, é um jogador que qualquer equipa deseja ou deveria desejar ter dada a sua versatilidade e grande compatibilidade com diversos esquemas de jogo. Está sem dúvida a atingir o pico da sua carreira, que para adoçar ainda mais, apenas meter uns golinhos acabaria por funcionar.

Curiosidade: Segundo Ricardo Quaresma, no balneário do FC Porto, apenas Lucho tem mais tatuagens do que ele.

Ruben Amorim x Rolando


Os «grandes», já habituados a contratar principalmente no estrangeiro, nestes últimos anos, deveriam, como já foi referido neste blog, dar mais atenção ao mercado interno. No final da época, estes dois jovens jogadores lusos, internacionais pelas camadas jovens de Portugal, acabam contrato com o Belenenses. Ruben (23 anos), um bom médio, há muito que reclama o "salto" na carreira, e diz-se ter pré-acordo com o Benfica. Rolando (22 anos), um defesa-central, muito possante e com atributos, é há muito falado como possível reforço do FC Porto para a próxima época. Não se sabe se estes rumores são ou não verdade, porém, seria um desperdício se nenhum clube nacional aproveitasse estas promessas a custo zero, ingressando estas num qualquer campeonato, como por exemplo o do Chipre ou Roménia, continuando a emigração de jogadores de qualidade.
Por isso, estejam atentos.







terça-feira, 25 de março de 2008

A máquina trituradora portista


Quando observamos a classificação, facilmente verificamos a elevada distância pontual do primeiro classificado, FC Porto, para os restantes. É como se existisse um fosso, a separar dois campeonatos distintos. Mas porque é que isto acontece? Porque é o Porto o único clube português neste momento, com capacidade para se bater de igual para igual, com a primeira linha do futebol europeu?
É tudo bastante simples de entender. Em primeiro lugar, o FC Porto, manteve a sua equipa base do ano passado (apenas saiu Pepe, as restantes peças base ficaram), que tinha qualidade, bem como a maior parte do plantel, o que traz desde logo estabilidade. Apostou também na continuidade a nível técnico, mantendo o seu treinador campeão, Jesualdo Ferreira, que não sendo nenhum mestre da táctica, é um líder de balneário capaz, e sabe perfeitamente como se relacionar com a imprensa. Este prolongamento de equipa e treinador é muito benéfico, pois permite que se continue a trabalhar o mesmo modelo de jogo, criando-se rotinas e sistematizando-se ainda melhor este.
Em segundo lugar, a acrescentar aos jogadores que transactaram da época passada, vieram alguns novos, que não trouxeraram muito de novo (à excepção de Tarik), mas que permitiram a Jesualdo alargar o seu leque de opções, ficando o plantel com mais soluções para enfrentar uma longa temporada, com muitas competições em disputa. Embora alguns jogadores ainda não se terem adaptado totalmente, tal como Kazmierczak, Leandro Lima, Lino ou Bolatti, e não serem reais alternativas aos titulares, com outros não foi bem assim. Tarik Sektioui regressou, impondo-se na primeira equipa, mostrando técnica e velocidade nas alas, e marcando golos fabulosos, como aquele de mestre, frente ao Marselha. Nuno, Mariano, ou mais recentemente Farías, vieram também acrescentar opções ao plantel dos «dragões».
A nível de opções técnicas, a passagem de Lisandro López, de um dos flancos, para o eixo do ataque, revelou-se também um tremendo sucesso, quer para o jogador, quer para a equipa. O argentino, mais ambientado àquelas zonas mais centrais do terreno, "explodiu" finalmente, e já leva 19 golos, tendo já sido chamado à selecção do país das pampas.
Para finalizar, gostava também de salientar, a extrema importância para o êxito, do presidente «azul e branco», o mito Jorge Nuno Pinto da Costa. Remetido ao silêncio, falando para o exterior somente em momentos estratégicos, traz estabilidade para os jogadores poderem melhor desenvolver o seu trabalho, ao contrário de alguns, nomeadamente um, mais a sul, que aproveita cada microfone, para aumentar o seu tempo de antena, criticando tudo e todos, e prometendo "mundos e fundos" difíceis de virem a ser cumpridos.
A nível financeiro, Pinto da Costa, foi também mais uma vez sagaz, realizando um encaixe de cerca de 60 milhões de euros, em vendas de jogadores (Pepe, Anderson, Ricardo Costa), gastando somente 12/13 na constituição do plantel para esta temporada 2007-2008. Provou que sem os 30 milhões, esbanjados na Luz, conseguiu fazer mais e melhor. A venda de Pepe, um defesa, por 30 milhões ao Real Madrid, foi algo de genial.
Com um plantel, que chega, sobra, e volta a chegar, para as necessidades nacionais e se desenrasca ao mais alto nível europeu, o Futebol Clube do Porto, continua a não dar tréguas à concorrência, levando alguns críticos a questionar-se, se um campeonato mais competitivo como o espanhol, não estaria mais ao nível deste clube.