domingo, 4 de maio de 2008

Um balde de água muito fria...

Foi em casa que o FC Porto perdeu, de maneira escandalosa, com o Nacional da Madeira. Um jogo que antevinha bom futebol, com os dois gumes da faca a apontarem um Nacional pressionante devido às suas ambições de um lado e um Porto terrivelmente forte a jogar em casa. Porém, o desfecho da primeira parte não foi muito difícil de adivinhar, pois os jogadores do Porto estavam em tal desconcentração que perderam muitas bolas em zonas vitais, que, felizmente para os "azuis e brancos", o Nacional nem sempre soube aproveitar. O Porto errava muito no sector defensivo do terreno e as transições defesa/meio-campo não podiam ter corrido pior. Lucho González foi provavelmente o único que teve uma exibição minimamente conseguida. Os jogadores da Choupana apostavam numa nova táctica e foi com alguma inspiração que Fábio Coentrão conseguiu bisar frente ao "colosso" português, destacando-se bem neste jogo e sendo considerado por isso, o melhor em campo pelo Jogo Por Jogo. Na segunda parte Jesualdo foi metendo toda a "carne" que tinha para pôr no "assador", lançando Farías e Tarik Sektioui que trouxeram algum dinamismo ao jogo, mas o Nacional estava demasiado forte na defesa e anulou facilmente jogadas calculistas. Destaque ainda para a falta de oportunismo dos avançados do Porto, que deixaram passar algumas situações de golo quase claro em aberto. Já em cima do apito final, Juninho fez um remate traiçoeiro à baliza de Hélton, que devido a um desvio não conseguiu defender a bola. 3-0 para o Nacional foi o resultado final.
Quanto a Coentrão, é um jogador que, apesar de bastante inexperiente ainda, demonstra uma dose elevada de talento, e se trabalhar bastante certos aspectos e for bem aproveitado pelos seus treinadores, pode vir a ser um jogador de referência no nosso futebol. A técnica, está lá. Aquele pé esquerdo não engana.
Um facto, interessante de se verificar, e que acentua ainda mais a hecatombe da última noite, é que, o FC Porto, sofreu num só jogo 75% dos golos (3 em 4), nos 15 jogos disputados no seu terreno.
Resumindo, a equipa que ontem, actuou, não foi sequer uma caricatura da equipa tricampeã, apresentando-se mal colectivamente, disconexa, e com uma defesa, que foi tudo menos o coeso bloco das outras 28 jornadas. A ausência total de pressão, revelou ontem, a sua outra face, porque depois, da exibição convincente (e muito, num jogo que o Porto não tinha nada a perder ou a ganhar) em Guimarães, os «dragões» apresentaram-se frente ao Nacional, demasiado relaxados e desconcentrados, descurando o profissionalismo exemplar, que é uma das suas imagens de marca.


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