quarta-feira, 12 de março de 2008

Tributo a Jardel



É impossível falar do passado recente do futebol português, sem referir Mário Jardel de Almeida Ribeiro, um jogador que marcou uma era, e a história do nosso campeonato para sempre.
Ponta-de-Lança brasileiro, com cerca de 1,90 m de altura e grande poder de impulsão, já espalhava o pânico pelas defesas do Brasileirão, quando o FC Porto o descobriu no Grémio de Porto Alegre, aos 22 anos, corria o ano de 1996. De cabeça principalmente, mas também de pé direito, esquerdo, grande penalidade, "Super-Mário" marcou golos de todas as formas possíveis e imaginárias nos «azuis e brancos», marcando 130 golos, em 125 partidas para a liga principal e na Liga dos Campeões, o panorama não mudava também, com Jardel a ser um atleta bastante temido pelos grandes colossos do futebol europeu (Milan ou Bayern que o digam).
Resumindo e concluindo, foi pelo FC Porto que Jardel conheceu os maiores êxitos desportivos da sua carreira, ao vencer em quatro épocas, três campeonatos nacionais (o último proporcionou o "penta"), duas Taças de Portugal e uma Supertaça Cândido de Oliveira. A nível individual, El Matador foi sempre melhor marcador da 1ª Liga, e ganhou a Bota de Ouro em 1999.
Na época de 2000-2001, já nos turcos do Galatasaray, e apesar de problemas a nível de lesões e de adaptação, o avançado brasileiro marcou mesmo assim 22 golos na liga daquele país, e ajudou os de Istambul a conquistar a Supertaça Europeia ao Real Madrid.
Em 2001-2002, regressa a Portugal, para jogar no Sporting, e efectua a melhor época da sua carreira. Numa equipa demolidora, com João Pinto ou Niculae ao lado, Jardel marca 42 golos, e ajuda os de Alvalade, a conquistar o último título nacional até hoje. Vence também uma Taça de Portugal e novamente a Bota de Ouro, nessa época. Na temporada seguinte, devido a problemas extra-desportivos, como o álcool ou o jogo, obtivemos um Jardel muito inferior (11 golos), ao da primeira época de leão ao peito.
A partir daí iniciou-se o declínio psicológico e desportivo de "Super-Mário", que passou por inúmeros clubes (Bolton, Ancona, Newell's Old Boys, Alavés, Góias, Beira-Mar, Anorthosis e Newcastle Jets), sem qualquer sucesso e poucos golos, saindo sempre pela porta pequena. O jogador que apareceu há dois anos no Beira-Mar, estava muito pesado e já não era o mesmo na arte de marcar golos. A nível pessoal, o brasileiro esteve sempre envolvido em problemas, quer do foro psicológico, quer comportamental, registando-se inúmeras ocorrências, como a suposta agressão violenta ao seu caseiro em 2007.
Contudo, apesar dos seus últimos anos menos felizes, Jardigol perpetuará na memória de todos os que gostam de futebol, como o melhor artilheiro de sempre, o goleador que baralhava qualquer marcação apertada e utilizava a cabeça como arma mais mortífera.

3 comentários:

Anónimo disse...

para mim jardel é o melhor jogador de sempre, sem duvida alguma

Mister Fred disse...

pois é figueiredo, pelo menos o melhor a fazer golos, um jogador mítico , que já esta na historia do futebol ! abraço

Anónimo disse...

JARDEL!!!!!!!!!!