segunda-feira, 31 de março de 2008

Violência "Tiffosi"



O Juventus-Parma, marcado para Domingo à tarde em Turim foi adiado, depois dos responsáveis de ambas as equipas terem chegado a esse consenso. No dia em que morreu atropelado por um autocarro de adeptos da Juventus, um adepto do Parma, supostamente de forma acidental, gostaria de fazer referência a alguns episódios recentes, passados em Itália, também acidentais, mas com contornos mais graves e violentos.


Incidentes
:

2 de Fevereiro de 2007
A federação italiana, foi obrigada a suspender todos os jogos marcados para o fim-de-semana posterior, ao incidente que resultou na morte de um polícia, atingido por um artefacto explosivo. Esta situação aconteceu, após os adeptos sicilianos, do Catania e do Palermo, se terem envolvido numa espécie de batalha campal. Nove apoiantes do Catania, foram nesse dia detidos pelas autoridades.

11 de Novembro de 2007

Adepto da Lázio morre, após rixa entre adeptos romanos e da Juventus, numa área de serviço, perto de Arezzo, na região da Toscana. Terá sido atingido, por uma bala perdida, proveniente da arma de um agente policial, que tentava impôr alguma ordem na situação.

Conclusão:

O governo e federação italiana, já não sabe mais que fazer, para impedir a violência que se verifica num país, em que os clubes estão associados a facções políticas radicais, desde os comunistas da Fiorentina, aos fascistas da Lazio. As rivalidades regionais entre clubes são também intensas, começando pela de Roma, passando pela de Milão, terminando na de Turim, não descurando a siciliana. Existe também uma espécie de guerra Norte-Sul, com os adeptos e cidadãos nortenhos, a não gostarem dos sulistas, como os de Napóles.
Nesta "Argentina da Europa", o futebol mata mesmo, não parecendo haver solução para este problema de cariz essencialmente social, e que tem proporcionado alguns casos trágicos. Ao pé, deste caso, o nosso futebol português, muitas vezes exageradamente considerado pelos media como violento, parece até uma simples "brincadeira de meninos", bem como o mito, de que em Inglaterra há muitos hooligans, quando na realidade nada por lá se passa.
A solução poderá passar por medidas drásticas, judiciais e desportivas, ao nível das tomadas no caso Calciocaos.

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