quinta-feira, 3 de abril de 2008

Binya. Bom ou mau jogador?


Será Binya, um bom e útil jogador, que "limpa" as bolas todas, ou um "tosco", sem nível para o Benfica? Esta, será porventura razão de debate, entre alguns adeptos de futebol. E é legítima.
O camaronês (é internacional), Gilles Augustin Binya (23 anos), foi esta época contratado pelo Benfica, ao MC Oran, da Argélia. Contudo, veio para ser emprestado, pois não cabia nas opções de Fernando Santos. Entretanto, com o mercado próximo do fecho, chega José António Camacho, que diz "não sr.", o Gilles fica, já não vai para o Estrela da Amadora. Não admira, num treinador que gosta deste tipo de jogadores operários, como demonstrou há uns anos, quando fez questão que Fernando Aguiar, um atleta muito pouco dotado tecnicamente, ficasse no plantel «encarnado» (uns anos mais tarde, veio Beto outro jogador idêntico, mas este não pela sua mão).
E assim foi. Binya, ficou no plantel do Benfica, para esta época.
Desde aí, demonstrou uma enorme aptência, para jogar à frente da defesa, sendo um trinco, que recupera inúmeras bolas, nas vezes que joga, não se podendo assim negar que ele é útil. É dos melhores jogadores da Europa, nos lançamentos laterais, assemelhando-se estes arremessos de mão, a verdadeiros cantos. Possui também, uma enorme disponibilidade física e agressividade na disputa de cada bola. Porém, essa tal agressividade, por vezes transforma-se em violência, como ficou bem evidente naquele célebre jogo em Glasgow, onde Binya foi expulso, prejudicou a sua equipa, e foi punido com seis merecidos jogos de suspensão. Para além disso, apesar da sua capacidade ao nível da recuperação do esférico, o seguimento que dá a este, não é muitas vezes o melhor, errando passes, e optando por soluções pouco acertadas, ao nível do rumo a dar à bola, e não é propriamente forte tecnicamente. Ok, podem dizer que Paulo Assunção, muitas vezes rotulado de jogador-chave, no FC Porto, também pouco faz com a bola nos pés, faz sempre passes muito curtos, para o lado, etc... É verdade sim, mas o que faz, normalmente faz bem, não arrisca muito, mas possui outra visão de jogo, que o jogador africano não tem, e uma eficácia a nível do passe a roçar os 100%. É um jogador cerebral, a "âncora" da equipa, um superior.
Em jeito de síntese, podemos então concluir que Binya, apesar de todas as características positivas enunciadas, que o podem até fazer merecer um lugar no plantel de um «grande», têm outras que fazem dele um jogador completamente vulgar, sem qualidade para alguma vez ser titular num bom clube. Contudo, pode até ser um bom suplente, nestes clubes, um jogador capacitado para entrar, nos momentos em que a equipa, precisa de mais um "guerreiro" para defender.
E só isso, a não ser que melhore alguns aspectos.

1 comentário:

Anónimo disse...

Posso dizer que é bem melhor que o Yebda